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No dia 25 de outubro celebramos o Dia Nacional da Saúde Bucal. A importância de buscar e manter a saúde da boca se mostra importantíssima tanto para prevenção como para qualidade de vida.
De acordo com a Federação Dentária Internacional (FDI), a saúde bucal é multifacetada e compreende a capacidade de falar, sorrir, saborear e ingerir alimentos, além de transmitir emoções utilizando expressões faciais, sem desconforto ou dor. A saúde bucal está intimamente relacionada com o estado geral de saúde e qualidade de vida de um indivíduo, é através da boca que respiramos, falamos, comemos, mastigamos e engolimos.
Imagem: shutterstock
A porta de entrada para saúde
A boca é a porta de entrada para a nossa alimentação e hidratação, mas também para bactérias e outros microrganismos prejudiciais à saúde. Uma boa higiene oral e cuidados periódicos podem diminuir riscos de desenvolver problemas dentários e detectar alterações precoces. Uma boa higiene bucal evita: mau hálito; gengivite; dentes amarelados; aftas; sensibilidade; cáries; perda do esmalte; câncer de boca.
Cuide da sua boca!
Para manter a saúde da sua boca é importante se atentar a alguns cuidados. Uma boca bem cuidada mantém o corpo saudável!
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Trocar regularmente sua escova de dentes: a cada 3 meses.
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Utilizar escova de dente com cerdas macias ou extra macias e que possuam grande quantidade de cerdas.
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Aplicar apenas a quantidade de pasta de dente indicada: para adultos, corresponde a um grão de ervilha.
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Higienizar sua escova de dentes após uso com água ou antissépticos bucais.
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Fazer uso do fio dental diariamente.
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Realizar consultas periódicas com seu dentista.
O câncer de boca mutila e mata!
O termo conhecido popularmente como câncer de boca abrange múltiplas neoplasias que acometem diversos sítios: gengivas, mucosas orais, língua, lábios e estruturas da orofaringe, como palato mole, base de língua e pilar amigdaliano.
A doença tem predileção pelo sexo masculino (proporção de 2:1) e indivíduos a partir de 50 anos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o risco estimado de novos casos de câncer oral para o ano de 2022 é de 10,69 a cada 100 mil homens, sendo o 5º câncer mais prevalente; 3,71 para cada 100 mil mulheres, ocupando o 10º lugar de prevalência.
Câncer de boca atinge mais os homens, segundo o Inca (Imagem: Internet/Reprodução)
Fatores que podem contribuir para o câncer oral
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Fumo: pessoas fumantes podem aumentar de 6 até 16 vezes as chances de desenvolvimento de câncer oral. 80% dos pacientes com câncer de cavidade oral são tabagistas.
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Álcool: o uso abusivo de álcool pode aumentar até 6 vezes a probabilidade de desenvolvimento do câncer. Outro fato importante é que o álcool potencializa a ação do tabaco.
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Álcool combinado com fumo: a combinação desses fatores acarreta em um aumento de 30 vezes a probabilidade de desenvolvimento do câncer.
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HPV: pacientes com Papiloma Vírus Humano (HPV) possuem maiores chances de desenvolvimento de câncer oral.
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Exposição solar: a exposição solar (radiação ultravioleta) sem uso de protetores solares está relacionada ao câncer de lábio.
Prevenção do câncer oral
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Evitar o tabagismo e etilismo.
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Usar protetor solar em regiões de exposição ao sol, incluindo protetores labiais.
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Se exposição solar por longos períodos, utilizar bloqueadores solares, como chapéu, boné e mangas compridas.
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Usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral.
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Realizar Raio X panorâmico anualmente para prevenção de câncer ósseo.
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Realizar o autoexame oral, avaliando as regiões conforme imagem ilustrativa abaixo.
Imagem: Conselho Federal de Odontologia (CFO)
O diagnóstico tardio do câncer bucal pode resultar em prognóstico desfavorável, podendo provocar mutilações, deformidades ou até levar a óbito. O auto-exame é de simples realização e de suma importância e a visita periódica ao cirurgião-dentista tem grande importância na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de boca. Caso note alguma anormalidade, procure seu cirurgião-dentista!
Referências
Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (Inca). (2020). Intervalo de Tempo entre o Diagnóstico e o Início do Tratamento Oncológico dos Casos de Câncer de Lábio e Cavidade Oral
Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (Inca). (2022) Diagnóstico Precoce do Câncer de Boca.
Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (Inca). (2020). Estimativa 2020 Incidência de Câncer no Brasil.
Instituto Nacional do Câncer (Inca). (2021). Detecção Precoce do Câncer.
Autores
Luciana Cerqueira Feitosa Responsável pelo Ambulatório de Dor Orofacial do Hospital São Paulo, hospital universitário da Universidade Federal de São Paulo (HSP/HU - Unifesp). Doutoranda pela Unifesp. Graduada em Odontologia, especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial pela Unifesp; Mestre em Ciências da Saúde - Otorrinolaringologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp). Especialista em Dor Orofacial pela Unifesp. Tutora da Residência Multidisciplinar – Oncologia /Unifesp. Outras informações, clique aqui. |
Keller de Martini Supervisor Técnico de Odontologia Hospitalar do Hospital São Paulo, hospital universitário da Universidade Federal de São Paulo (HSP/HU - Unifesp). Tutor do Programa de Residência Multiprofissional daUnifesp. Mestre e doutor em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva. Outras informações, clique aqui. |
Helena Miguel Cotter Aluna R2 da Residência Multidisciplinar – Odontologia/Oncologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Outras informações, clique aqui. |
Stephani Mirelly de Souza Aluna R1 da Residência Multidisciplinar – Odontologia/Oncologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Outras informações, clique aqui. |