Dia 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. A data tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce da doença.
A hipertensão arterial sistêmica é uma das doenças cardiovasculares mais prevalentes no mundo, sendo considerada um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares como a doença arterial coronariana e a insuficiência cardíaca.
De acordo com as taxas epidemiológicas podemos notar que a incidência das doenças cardiovasculares aumenta em muitas regiões do mundo, particularmente nos países industrializados e em grandes centros urbanos e este aumento se deu pelo declínio das doenças infecciosas e da desnutrição, além do aumento na expectativa de vida e pela modificação no estilo de vida da população devido à industrialização e tecnologia, o que resultou no aumento no sedentarismo, na obesidade, nas desordens lipídicas, nos níveis pressóricos e do tabagismo pela sociedade2.
Frente ao aumento na incidência da hipertensão arterial sistêmica se faz necessário que medidas preventivas sejam realizadas tanto no nível primário para aqueles que não desenvolveram nenhuma doença cardiovascular e no nível secundário com o intuito de reduzir o risco de recorrência de outros eventos cardiovasculares ou mesmo o agravamento desta.
Prática de atividade fisica
Os programas de prevenção cardiovascular devem incluir intervenções educativas utilizando diversos níveis de tecnologias visando a modificação do estilo de vida principalmente naqueles fatores de risco relacionados ao estilo de vida e na melhora na adesão medicamentosa. As intervenções educativas devem incluir o incentivo na prática da atividade física com segurança visando a realização de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade física intensa por semana.
Dieta Saudável
A dieta saudável é outra intervenção educativa muito importante para o controle pressórico, onde deve ser orientado à adoção de uma dieta saudável e cardioprotetora, ou seja, uma dieta com restrição no consumo do sódio, gorduras saturadas e frituras e aumento na ingestão de grãos integrais, frutas, vegetais e legumes, sendo que essas duas práticas citadas anteriormente aumentam a chance na redução do peso e consequentemente na melhora nos níveis pressóricos.
Tabagismo
Outras intervenções educativas devem incluir o incentivo para o abandono do tabagismo e do uso do álcool com encaminhamento dos pacientes para grupos específicos quando apropriado, enfatizando a importância do controle desses fatores de risco tanto para a saúde cardiovascular quanto para a saúde sistêmica.
Controlar o Estresse
Outras intervenções educativas devem incluir medidas para a promoção do sono saudável e incentivo as práticas integrativas para o controle do estresse.
Tomar os medicamentos regularmente
Além das intervenções educativas para a modificação no estilo de vida, medidas educativas devem ser realizadas para a promoção da adesão medicamentosa, ou seja, é importante que os pacientes entendam a necessidade e a indicação dos medicamentos prescritos, bem como seus possíveis efeitos colaterais, locais de distribuição dos medicamentos de forma gratuita e formas de recordação para o horário das medicações para evitar esquecimentos.
A Escola Paulista de Enfermagem (EPE/Unifesp) por meio de um projeto de extensão denominado Educa-Cor coordenado pelos professores da disciplina de Enfermagem Fundamental, vinculado ao grupo de ensino, pesquisa e assistência Sistematização da Assistência de Enfermagem (GEPASAE), tem realizado â prática da educação em saúde nos pacientes hospitalizados por Doenças Cardiovasculares no Hospital São Paulo.
Este projeto de extensão também produziu junto de seus alunos de graduação da EPE e de pesquisas diversos materiais educacionais que podem ser acessados no site: www.educacor.unifesp.br
Por Vinícius Batista Santos
Professor do Departamento de Enfermagem Clínica e Cirúrgica da Escola Paulista de Enfermagem (EPE/Unifesp). Coordenador pedagógico do curso de especialização em Enfermagem em Cardiologia da EPE/Unifesp. Tem experiência na área de Cardiologia com ênfase na área de doença coronariana e cardiologia intensiva. Pesquisador do grupo de estudos, pesquisa e Assistência - Sistematização da Assistência de Enfermagem, Membro fundador da Rede de Pesquisa em Processo de Enfermagem e Membro do European Society of Cardiology. Mais informações: clique aqui